O texto que reproduzimos abaixo é um trecho de um longo ensaio escrito por Gregório Zinoviev, o primeiro presidente da Internacional Comunista (a Terceira Internacional, fundada por Lênin e os bolcheviques após a Revolução Russa de 1917. Foi publicado pela primeira vez como parte do livro A guerra e a crise do socialismo, em que se analisava a Primeira Guerra Mundial e o colapso dos partidos social-democratas da Segunda Internacional. O manuscrito original, iniciado pelo autor no exílio, na Suíça, em 1915 e completado em 1916, teve sua publicação proibida pela censura czarista. A edição russa na qual apareceu após a revolução foi, posteriormente, suprimida, juntamente com todos os outros trabalhos de Zinoviev, pelo regime de Stálin. Quaisquer que tenham sido as diferenças entre os marxistas revolucionários e Zinoviev nos últimos dias da sua vida, aqueles podem subscrever completamente à análise leninista incontestável e completamente válida para os dias de hoje que ele fez de maneira tão brilhante na obra da qual foi retirado o capítulo a seguir. No trecho em questão, Zinoviev analisa em detalhe alguns exemplos de guerras em que nações oprimidas se lançaram contra seus opressores imperialistas. A importância e atualidade do texto escolhido salta aos olhos. Diante da intervenção militar russa na Ucrânia, o debate sobre a justeza da guerra lançada pelo governo Putin contra a OTAN, o imperialismo mundial e os nazistas ucranianos, ocupa um lugar central na luta pela delimitação entre as posições marxistas, revolucionárias consequentes, por um lado, e as da esquerda pequeno-burguesa, reformista, parlamentar, que se deixa levar a reboque pela burguesia imperialista. Um lugar central, portanto, na luta pela construção de um verdadeiro partido operário, revolucionário e comunista