Alguns acontecimentos recentes, como os casos de Monark e Daniel Silveira, ou os casos de censura contra a imprensa russa, como RT e Sputnik, e mais recentemente a arbitrária e draconiana censura às redes sociais do Partido da Causa operária, imposta de forma ditatorial pelo ministro biônico do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em decisão monocrática, despertaram novamente a discussão sobre a liberdade de expressão no Brasil e no mundo. Este direito é uma conquista democrática obtida através da luta social e uma pauta histórica da esquerda e dos estudantes, uma vez que a livre expressão do pensamento é parte fundamental das nossas vidas e é crucial para que se propague a ideologia e a política revolucionária pelos jovens brasileiros, conscientizando-os e os trazendo para a luta. Desta forma, não pode haver limites ou condicionantes à liberdade de expressão, que deve ser exercida de forma plena e ilimitada em todas as suas formas. Essa, portanto, deve ser a concepção revolucionária adotada pelos estudantes, algo que é efetivamente defendido e colocado em prática pela Aliança da Juventude Revolucionária (AJR). Essa posição deve ser defendida de forma intransigente, uma vez que não devemos dar ao Estado, através da justiça e seus tribunais, o poder de regular o direito à livre expressão, sejam lá de quem for, não importa. Neste sentido, o Estado e suas instituições jurídicas ou outras, não pode e não deve exercer nenhum controle – seja de que natureza for – ao que os cidadãos pensam ou opinem, pois uma vez permitida a censura ao que se pensa e diz, isso somente servirá para controlar e silenciar ainda mais as vozes que se insurgem contra a ofensiva e a violência da burguesia contra o povo e em especial contra a juventude, contra os estudantes, o segmento mais dinâmico, combativo e revolucionário da sociedade.
É isso o que a burguesia e os exploradores capitalistas desejam, manter o movimento operário e estudantil acorrentado à decadente ideologia burguesa, obstaculizando o crescimento e o desenvolvimento da luta dos trabalhadores e da juventude operária. Controlar a liberdade de expressão é a política do golpe, da direita e da extrema direita; enfim, dos que querem perpetuar o regime de exploração e miséria sobre a população.
Os estudantes precisam se mobilizar em defesa desse direito e das demais liberdades democráticas, ameaçadas pelas instituições antidemocráticas do Estado, como o STF, um poder totalmente fora do controle popular.
São décadas de conquistas prestes a serem jogadas no lixo pela censura do Estado, e é dever dos estudantes fazer com que essa situação seja revertida. É necessário que a juventude nacional lute por um movimento estudantil forte, construído pela base e que atenda efetivamente aos anseios dos jovens, opondo-se a Bolsonaro e aos golpistas que desejam censurar e calar os estudantes, silenciando-os. É direito da juventude se organizar e falar o que quiser, sem qualquer restrição. Mobilizar já pela liberdade de expressão irrestrita e ilimitada!