O Congresso norte-americano aprovou, no último dia 10, o envio de US$40 bilhões em equipamento militar e auxílio humanitário à Ucrânia. A medida teve apenas 57 votos contra, todos republicanos.
“Eu me oponho a invasão russa da Ucrânia, mas nós não podemos ajudar a Ucrânia gastando dinheiro que nós não temos“, declarou o deputado Andy Briggs, de Arizona, mantendo certa coerência neoliberal diferentemente de seus colegas.
A medida foi aprovada com votação unânime da ala dita “progressista” do Partido Democrata, liderada por Alexandria Ocasio-Cortez. Em sua campanha eleitoral, o pequeno grupo de quatro deputados conhecido como The Squad, dizia-se abertamente oposto à política belicista do governo norte-americano.
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, lavou as mãos diante da possibilidade – muito provável – de que o armamento pesado enviado à Ucrânia caia na mão de regimentos abertamente fascistas.
“Eu enfatizei a importância da prestação de contas… e o quão importante é que se tenha certeza que eles estão rastreando a disposição de nosso equipamento sensível que está sendo implantado”, declarou Austin no último dia 11, segundo a agência de notícias Sputnik News.
O apoio norte-americano, porém, não surte o efeito esperado ou é muito ineficiente. Nos último dia 7 e 8, o exército ucraniano tentou capturar a Ilha da Cobra, localizada em ponto estratégico ao norte do Mar Negro. O ponto foi tomado pelos russos na primeira semana da operação especial militar. Segundo o porta-voz militar da Rússia, Igor Konashenkov, a operação “impensada” resultou na morte de 50 soldados ucranianos e no abatimento de 29 drones, 4 helicópteros e 4 caças.
Finalmente, a região de Kherson, localizada no sudeste ucraniano entre Odessa e Mariupol, confirmou sua intenção de integrar-se à Federação Russa.
“É difícil dizer quanto tempo levará o período de transição, mas até o final do ano estaremos prontos não apenas no nível da opinião pública, mas também da legislação, para uma transição suave para o status de entidade constituinte da Federação Russa“, declarou Kirill Stremousov, líder do governo civil-militar estabelecido na região após sua libertação, realizada pelo exército russo.
A segunda fase da operação militar segue firme no sudeste ucraniano e, em breve, deve chegar a Odessa, importante cidade portuária ucraniana que foi alvo de um brutal ataque fascista há oito anos, no dia 2 de maio de 2014.