No último dia 13, concluiu-se o primeiro módulo do curso da Universidade Marxista com o tema: “Brasil, 500 anos de história”. O curso está longe de acabar e temos preparados mais três módulos que abordaram, em ordem, o Brasil imperial, a República – entre sua proclamação e o Estado Novo de Getúlio Vargas – e, finalmente, o Brasil contemporâneo.
O curso realiza-se num ano propício: o bicentenário da independência brasileira. Além disso, 2022 marca o centenário da Semana de Arte Moderna de São Paulo, da fundação do Partido Comunista Brasileiro e da Revolta Tenentista, no Rio de Janeiro.
A coincidência das datas, porém, não foi o motivo pelo qual o Partido da Causa Operária sentiu a necessidade de aprofundar o conhecimento de seus militantes e simpatizantes a respeito da História do Brasil. O curso não é meramente informativo, como um curso universitário. Trata-se de um curso de capacitação revolucionária.
Antes da Revolução de 1917, antes mesmo que Lênin surgisse como liderança política, Jorge Plekhanov, pai do marxismo russo, e outros intelectuais de seu tempo travaram um debate sobre a formação de seu país. Buscavam elaborar uma interpretação própria da história russa.
Esse esforço se estenderia por décadas e manteria-se vivo mesmo durante o período revolucionário de Lênin. Após quase um século de debates, o movimento revolucionário russo chegou a uma compreensão da realidade nacional e, consequentemente, a um programa político revolucionário. Um programa baseado numa concepção científica da sociedade.
Esta Universidade Marxista, dividida em quatro módulos, busca aprofundar esse debate no Brasil. Busca esclarecer a história do País, submetê-la a uma criteriosa análise marxista, científica e, a partir dela, elevar a uma compreensão que temos do Brasil ao patamar que os bolcheviques tinham da Rússia.
Consideramos que esse debate nunca foi propriamente realizado no País. Setores identitários e pequeno-burgueses, impulsionados pela propaganda imperialista, buscam destruir a imagem do Brasil perante seu próprio povo e colocam em pauta até mesmo a ideia de que o País jamais deveria ter existido. A Universidade Marxista apresentará uma visão diametralmente oposta.
Ela se comportará como uma espécie de curso técnico para o militante revolucionário. Para quem quer lutar pelo socialismo e, consequentemente, pelo desenvolvimento do Brasil contra o imperialismo.
O primeiro módulo contará com mais duas aulas extras dedicadas à arte e cultura dos primeiros 300 anos de história brasileira. O próximo módulo, que abordará o império tropical, terá início no mês que vem.Ainda há tempo para se inscrever e participar desse debate com o PCO. As aulas podem ser acompanhadas presencialmente por quem estiver em São Paulo ou pela internet, através do sítio da Universidade Marxista. Para quem não puder assistir ao vivo, o conteúdo fica disponível na plataforma para que se assista quantas vezes quiser.