O golpe de Estado contra a primeira mulher a ocupar o cargo máximo do país fez aumentar todos os maiores ataques contra as mulheres brasileiras, especialmente aquelas em situação de maior vulnerabilidade social, vale dizer, a mulher trabalhadora, sob a qual recai todas as mais penosas e sacrificantes tarefas do dia a dia.
Desta forma, a luta em defesa dos direitos das mulheres exige que sejam levantados pontos que digam respeito aos reais problemas vivenciados pelas mulheres e não generalidades que são meras abstrações sem conexão com suas reivindicações vitais.
Neste sentido, às vésperas da realização da Conferência Nacional de Mulheres (12 e 13 de março), o Coletivo Rosa Luxemburgo (Mulheres do PCO) apresenta os pontos principais de sua plataforma de luta, ou seja, um programa para efetivamente organizar e mobilizar as mulheres contra os ataques e a ofensiva da direita golpista:
- Fim do desemprego!
- Fim da discriminação salarial contra as mulheres: funções iguais, salários iguais!
- Manutenção e ampliação das conquistas trabalhistas das mulheres!
- Durante a pandemia: salário mínimo garantido pelo Estado para todas as mulheres desempregadas e que possuam filhos menores de idade;
- Que as mulheres empregadas tenham direito ao afastamento do trabalho com salário garantido enquanto seus filhos não puderem retornar às aulas!
- Atendimento dos casos de “aborto legal” pela rede pública de saúde!
- Legalização do aborto no País!
- Pelo direito de opção da mulher sobre a conveniência ou não da gestação!
- Assistência econômica e social do Estado para as mulheres obrigadas a dar continuidade à gestação indesejada!
- Pela estatização do sistema de saúde, com atendimento gratuito a toda a população!
- Pela total gratuidade de todos os serviços e produtos que se relacionem com a maternidade!
- Que o Estado garanta a segurança das mulheres, e de seus filhos, vítimas de agressão doméstica;
- segurança financeira, física e psicológica!
- Pela ampliação e reforço no atendimento às mulheres em situação de violência doméstica e familiar em meio à pandemia!
- Por um maior investimento nas casas de proteção às mulheres vítimas de agressão doméstica!